Medida milagrosa
Como seria de esperar, a melhor maneira de equilibrar a economia de Portugal... perdão, quero eu dizer as contas do Estado, segundo padrões aceitáveis para a Mãe-UE. Considerando, talvez, que a parte das despesas não merece grande atenção, a parte das receitas do Estado é atacada como se disso dependesse a sobrevivência do Governo - aumentam-se os impostos. Agora, em vez de 19%, serão 21%. As taxas de 12% vão acabar, etc etc... O resultado óbvio é o encarecimento dos produtos e, já que os salários não aumentam na mesma proporção, a diminuição do poder de compra. Menos poder de compra significa menos procura, e uma diminuição da procura acaba por levar a uma diminuição da oferta. O aumento do combustível leva, por arrastamento, a um aumento de tudo, que se vai juntar ao aumento que advém da passagem para 21% de IVA.
Portanto, para se resolver os problemas de dinamismo económico e a perda de poder de compra da população, depaupera-se a dita população e obriga-se, por causa disso mesmo, a um abrandamento ainda maior da economia. O que, se adicionado à fuga das empresas para sítios com uma mão-de-obra mais barata (e que entraram agora no espaço Euro). Além do mais a OCDE prevê que a taxa de desemprego só começará a descer lá para 2006 - ao mesmo tempo, Portugal mete a data da reforma do sector público nos 65 anos. Resultado - mais mão-de-obra desempregada. E estão a ver aqueles empregados rezingões dos departamentos públicos? Pois é, preparem-se para os aturar mais tempo ainda. É claro que o efeito de envelhecimento vem retardar as inovações necessárias ao aumento de eficiência: o que bem se denota com os mesmos funcionários públicos que demoram uma eternidade para escrever meia-dúzia de palavras no teclado de um ecrã.
Bom, eu podia continuar... Mas quero terminar, e fá-lo-ei com uma pequena nota: a todos os que votaram nestas eleições, o meu cínico "obrigado"!
Prometeu
Portanto, para se resolver os problemas de dinamismo económico e a perda de poder de compra da população, depaupera-se a dita população e obriga-se, por causa disso mesmo, a um abrandamento ainda maior da economia. O que, se adicionado à fuga das empresas para sítios com uma mão-de-obra mais barata (e que entraram agora no espaço Euro). Além do mais a OCDE prevê que a taxa de desemprego só começará a descer lá para 2006 - ao mesmo tempo, Portugal mete a data da reforma do sector público nos 65 anos. Resultado - mais mão-de-obra desempregada. E estão a ver aqueles empregados rezingões dos departamentos públicos? Pois é, preparem-se para os aturar mais tempo ainda. É claro que o efeito de envelhecimento vem retardar as inovações necessárias ao aumento de eficiência: o que bem se denota com os mesmos funcionários públicos que demoram uma eternidade para escrever meia-dúzia de palavras no teclado de um ecrã.
Bom, eu podia continuar... Mas quero terminar, e fá-lo-ei com uma pequena nota: a todos os que votaram nestas eleições, o meu cínico "obrigado"!
Prometeu
1 Comments:
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Não
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